CORPUS

 

Caro visitante, nessa sessão você conhecerá um pouco sobre cada integrante desse grupo de pesquisa, suas conexões com outros corpos, os movimentos-experimentações com o Corpus, as implicações e os propósitos que os/as impulsionam.

Yara M. Carvalho = http://lattes.cnpq.br/6408965810119789

Valéria Monteiro Mendes: Niara chegou em São Paulo no ano de 2008, vinda de uma região em que as ruas são rios. Na bagagem? Expectativas, sonhos, incômodos, ancestralidades afro-indígenas. Logo percebeu que esta territorialidade em que se radicaria era mais do que a “selva de pedra” cantada em verso e prosa. Há muita vida em SP… Ao ser acolhida-cuidada por uma mulher das águas em sua força, inteligência e sensibilidade, embarcou para outros mundos, ao seguirem pelas trilhas-encruzilhadas-travessias de que “pode mais um corpo e uma mente quanto mais compõem com outros corpos”. Com esta “mãe d’água” (como também a perceberiam os parentes de Niara do Norte), percorreram com o Corpus e outros corpos caminhos-pontes que extrapolavam os endurecidos muros do chamado “lugar de aprender” (a tal universidade). Aprendizagens-desaprendizagens instauravam-se no corpo-existência de Niara, na presença de viventes também implicados em tecer outros mundos-modos de pensar-cuidar-pesquisar-produzir saberes também sobre si e com outras existências em seus “lugares de viver”, lugares em que dores, atravessamentos e invenções, a partir do vivido, pulsam em distintas intensidades. Niara experienciava outros contornos éticos-estéticos-políticos que davam corpo a implicações e fiações para tessituras a favor de modos de estar no mundo mais solidários, compartilhados e cuidadores e contrários à política de “fazer-deixar morrer” que vem de longe. E Niara segue… entre pontes, travessias e encruzilhadas fazendo corpo com o Corpus e sendo ocupada/ocupando-se de uma multiplicidade de corpos – humanos e não-humanos… das matas, das águas, dos terreiros, dos quilombos, das ruas, dos campos, dos becos e vielas com seus saberes-fazeres-viveres marginais, disruptivos, dissidentes… um entre existências, confluências, permanências, insurgências, persistências, resistências = http://lattes.cnpq.br/5101330095560251

Isabella Silva de Almeida: Sou. Existo e faço existir. Penso e antevejo. Transito… Transmuto… das leituras literárias da infância a escrita de mim e de tantos que comigo produziram afetos, cuidados, vidas e existências. Sou mulher, feminista, que busca no entre corpos dar visibilidade as experiências e aos acontecimentos que perpassam o cotidano do fazer humano, das práticas em saúde seja no núcleo da terapia ocupacional, seja no campo da Saúde Coletiva, Saúde Mental e álcool e outras drogas. Interesso-me pelo fazer-pesquisa que dialoga com os corpos, com o vivo, com o registro que deixamos em nossos fazeres. CORPUS me acolheu e me desnudou, sendo facilitador de outros modos meus de existir. É força intercessora e testemunha = http://lattes.cnpq.br/7962257485434718

Vagner Herculano de Souza: Tenho buscado compreender como são formadas as representações sociais a partir da ancestralidade, experiências de vida, cultura e sua inter-relação com as crenças e normas sociais. Após a graduação em Educação Física tive a oportunidade de trabalhar nas áreas da saúde, educação superior e gestão, hoje me dedico ao magistério superior e ao processo de doutoramento pelo programa de Saúde Pública da USP – Universidade de São Paulo sob orientação da profª. Yara M. Carvalho. Meu caminho permitiu conhecer e compor com o Corpus desde 2019 = http://lattes.cnpq.br/0871173158390573

Laura Iumi Nobre Ota:

 

Laura = http://lattes.cnpq.br/1798419440385298

Samara Feitosa Gomes Silva: Esse corpo mulher, chega ao encontro de tantos outros corpos trazida por um vento que vem do norte. Corpus faz conexões em mim, com outros corpos ! Com diálogos (des) construtores, de visões livres, desprendidas de um único caminho. Corpos que se emaranham e desembaralham ideias, afirmam a necessidade em acolher…Do encontro com tantos outros livros, vozes, textos… descobertas de outros corpos em um corpo.  CORPUS surge como um daqueles  pequenos banzeiros, originado por uma daquelas pequenas canoas, conduzidas por um único canoeiro mas, que alcança espaços que se diferenciam por ser CORPUS. Eu tenho um fluxo de vida agitado, daquelas desembocaduras de rios rápidos e eis que em CORPUS, me permito ser uma nascente perene, da qual desses corpos que se reúnem em CORPUS dão início a um curso d’água repleto de sentimentos, cheiros, cores, sabores… CORPUS (para/em mim) EXPÕE A VIDA… Vivida, sentida, expressa na experiência de ensinar através do que tantos corpos já o fizeram nessa e em outras vidas = http://lattes.cnpq.br/6252625639762209

Caroline Giolo de Melo: Pessoa apaixonada pela vida, que acredita na humanidade e no amor ao próximo… Profissional de Educação Física. Mestra em Ciências pela USP, na área de concentração: Atividade Física e Saúde.  Incentivadora de Vida Ativa. Professora na Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura do Município de Valinhos – SP, desde 2010, e atualmente se dedica ao Doutorado na Escola de Educação Física e Esporte da USP. Estuda atividade física para pessoas com Alzheimer, como uma Estratégia de Cuidado e  um Dispositivo de Promoção da Saúde. Participa do CORPUS desde de 2019, sempre se desconstruindo e se reconstruindo, descobrindo novas formas de existir e fazer existir como profissional e acadêmica da área da Saúde Coletiva = http://lattes.cnpq.br/3128311653090734

Luana de Oliveira Candido: Não recomendada para sociedade! Tudo normativo me desvio, quando vejo às vezes bate um vazio, uma solidão… E são nestes momentos que me envolvo, vejo-me nos outros vadios, marginalizados… Não recomendada para sociedade… Me espelho, me inspiro, minhas ancestrais me guiam, minha cor, meu sabor e também a minha dor. Não recomendada para sociedade? E da dor me recrio, resisto para que seja possível existir. Neste mundo estamos de corpo presente,corpo marcado pela nossa história, esse corpo que não é meu, é o corpo coletivo, que nos fortalece e movimenta = http://lattes.cnpq.br/0841295223677620

Viviana Graziela de A. V. Barboni: Sou mulher; nordestina; filha do meio; nascida no semiárido baiano, região de transição, de borda; em Feira de Santana, a cidade das feiras-livres e dos entroncamentos…  A minha raiz diz muito sobre quem sou e sobre os meus horizontes. É das fronteiras, da transitoriedade, das tensões dos entremeios, dos encontros, das trocas livres e de tudo mais que pertence a esse lugar inquieto, borrado e em disputa que tenho procurado me ocupar. É nesse sentido que me ocupo do Corpus, e ocupo o Corpus, buscando me encontrar com uma educação física, uma saúde coletiva e um pensamento de fronteira = http://lattes.cnpq.br/7224510409174686

Aline Amâncio de Lima: Cheguei no CORPUS primeiro: por causa de uma pesquisa que Valéria Mendes (membro aqui do grupo), fez no meu território de vida (região de M’Boi Mirim SP/SP). Segundo: através do curso de verão (no qual conheci outros membros desse grupo), oferecido pela professora Yara,. Pois sua metodologia de atuação, e linhas de pesquisas dialoga com os meus fazeres pensando: corpo, arte e cuidado. Sou graduada em Educação Física e Saúde pela EACH-USP, arte-educadora brincante há mais de 12 anos, por meio das danças, músicas e brincadeiras populares brasileiras, e educadora física por meio do projeto Corpo e Saúde, desenvolvido na Casa de Cultura M’Boi Mirim. Sou membro dos grupos artísticos de cultura popular Flor de Lis, e Candearte = http://lattes.cnpq.br/5960072000529117

Nataly de Oliveira Sousa: Um corpo, periférico, negro e com cabelo esvoaçante. Uma mulher, mãe sólo, artivista e em movimento. Uma voz, alta, insubmissa e com gírias. Mente criativa, bombas prestes a explodir. Um sotaque nordestino, dividido entre os altos coqueiros e os arranha céus. Ouvidos que sabem escutar com toda sua potência. Fala cortante porque cansou de ser calada, interrompida. O pensar enraizado na experiência e nas páginas escritas por quem nos antecedeu. Os pés pisam onde os sangues escorreram. Estar não pra ser número, nem título e nem nota, mas pra demarcar e para realizar sonhos. Não de um só corpo, mas de toda ancestralidade. Com pé na porta, abrindo caminhos pra quem virá. E porque já não é mais tempo de ser paciente. Ninguém foi. Elementos que me atravessam e pelos quais sou atravessada. Tudo isso numa academia! Para muitos, uma afronta. Para o CORPUS, uma existência. Singular. Política. Necessária. Em ensino e aprendizagem. Provocando e sendo provocada. Essas linhas se borram. Poder caminhar coletivamente com as diversas potencialidades de existir. É o que me permite firmar os pés nessa casa-corpu = http://lattes.cnpq.br/3045852671772960

Luiz Fernando Herculano: Participa do Movimento Negro Unificado (MNU) desde os anos 1980, com formação nas CEB’s e nos movimentos sociais do período. Possui licenciatura em História, Filosofia com especialização em sociologia e Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Escola. Áreas de interesse e arte/cultura afro-brasileira e relações  etno-raciais.  atuação em pesquisa: arte/educação afro brasileira, associatismo negro meio aos debates no período abolicionista, relacionando proximidades do fazer cultural nas periferias no pós-aboliçao. Debatendo a in-visibilidade e importancia de estudos desse movimento nas relações sociais = http://lattes.cnpq.br/3523202968735506

Alan da Silva Menezes de Assis = http://lattes.cnpq.br/5140078467417824

Amanda Modesto: Brasileira, nascida em Belém do Pará, Mana afro-ameríndia lá do bairro do Guamá, é uma professora de Educação Física apaixonada pelo que faz, especialista em Educação Física Escolar, com mestrado em artes pela Universidade Federal do Pará, tem como missão uma atuação docente sensível que respeite e inclua as mais diversas existências. Professora desde 2017, Pesquisa fazendo arte, por entre o teatro e a dança, minha relação com a arte se constrói desde a infância, e o que temos hoje enquanto pesquisadora também é resultado de toda a experiência vivida, entre ser estudante, docente e artista, a partir de muitas inquietações que vinham  da vontade de ocupar territórios na universidade pública, demarcando uma identidade própria e compreendendo a necessidade de pensar ações diferenciadas que fizessem frente a um sistema acadêmico que se mostrava machista, racista e patriarcal manifestadas no grande espaço de poder simbólico que é a universidade, foi membro criador do grupo InCorpoRe performances teatrais, que parte de um processo de reconhecimento da importância do trabalho corporal como objeto de transformação social, e, assim, capaz de resistir por si só, assim como o corpo de mulher Amazônida que compõem essas linhas. Conheceu o Corpus a partir de sua aproximação entre educação, arte e saúde, e espera seguir no árduo caminho da produção de conhecimento neste pais, apesar das adversidades. http://lattes.cnpq.br/2554391404116276